Muita gente, como eu, teve seus primeiros passos no mundo da leitura através dos gibis. Como eu adorava receber as aventuras do Tarzan, de “caubói” ou da Turma da Mônica, de meus pais ou de meus padrinhos! E de vez em quando eu ia sozinho, de Itamogi a São Sebastião do Paraíso, comprar algum exemplar novo. Com alguma licença, posso até incluir as fotonovelas nessa etapa de preparação para os encantos da literatura. Não é por acaso, então, que acho uma maravilha, uma preciosidade, o trabalho muitas vezes silencioso, sem a repercussão que mereceria, mas permanente e sempre de alta qualidade, que vem sendo feito a favor dos quadrinhos, do cartunismo e do humor gráfico em geral, pela Biblioteca Pública …
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Trump, Doria, Crivella: a implosão dos partidos e a crise da democracia
O recado foi dado e é universal. Aconteceu aqui, nos Estados Unidos e há muito ocorre na Europa. As vitórias de Trump (contra as poderosas máquinas republicana e democrata), João Doria (contra os caciques do PSDB, exceto o padrinho Alckmin) e Marcelo Crivella (reafirmando o projeto de poder no segmento neopentecostal) significam, entre outras coisas, a implosão dos partidos como vêm sendo historicamente constituídos e reiteram a projeção dos candidatos-mídia, feitos de acordo com o figurino do espetáculo, das bravatas (ou do bom-mocismo) e do não-diálogo. A democracia em crise e uma mensagem muito clara às oligarquias partidárias, à direita e à esquerda: se não houver renovação, aproximação real com os anseios populares, mais e mais “não-políticos” serão levados aos palácios, municipais, estaduais e federais. No Brasil …
Leia Mais »Quando a violência que despedaça o Brasil será olhada como deveria?
Existe um repúdio generalizado no Brasil contra a classe política, e não faltam razões para isso. As últimas eleições municipais confirmaram o descrédito, para dizer o mínimo, que grande parte dos brasileiros está sentindo em relação ao atual sistema de representação, aliás repetindo fenômeno observado na maioria das nações oficialmente democráticas. Entretanto, a mesma indignação não vem sendo observada, entre a sociedade civil e muito menos no poder público, no caso da epidemia que vem matando, literalmente, a alma e o corpo do país. A epidemia da violência, que vem contabilizando mortes e destruindo projetos de vida em escala superior a qualquer conflito armado desde a Segunda Guerra mundial. Não há exagero nessa afirmação. As estatísticas comprovam que a epidemia de violência está tão disseminada no …
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