cidadania

Em junho de 2013, já poderia ter ocorrido um maior protagonismo da sociedade civil (Foto Martinho Caires)

Com a implosão do sistema partidário, sociedade civil precisa resgatar protagonismo

Foi só a primeira delação e aconteceu esse barulho todo. Faltam mais de 70. Vários analistas não prognosticam um futuro positivo para o governo de Michel Temer. O certo é que a crise institucional é para lá de grave. Os setores mais à esquerda culpam o impeachment, que teria provocado todo esse desarranjo que estamos presenciando. O resultado imediato é que o sistema partidário brasileiro implodiu. Desmoronou, ruiu. Mais do que nunca é a hora da sociedade civil acelerar o seu protagonismo, como já aconteceu em outros momentos críticos da nossa história nada estável. Foi assim durante o regime militar. Organizações como a ABI, SBPC e até CNBB (depois do apoio inicial da Igreja ao golpe) desempenharam um papel fundamental …

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Campinas, 20 de junho de 2013: movimento de três anos atrás foi um aviso (Foto Adriano Rosa)

Trump, Doria, Crivella: a implosão dos partidos e a crise da democracia

O recado foi dado e é universal. Aconteceu aqui, nos Estados Unidos e há muito ocorre na Europa. As vitórias de Trump (contra as poderosas máquinas republicana e democrata), João Doria (contra os caciques do PSDB, exceto o padrinho Alckmin) e Marcelo Crivella (reafirmando o projeto de poder no segmento neopentecostal) significam, entre outras coisas, a implosão dos partidos como vêm sendo historicamente constituídos e reiteram a projeção dos candidatos-mídia, feitos de acordo com o figurino do espetáculo, das bravatas (ou do bom-mocismo) e do não-diálogo. A democracia em crise e uma mensagem muito clara às oligarquias partidárias, à direita e à esquerda: se não houver renovação, aproximação real com os anseios populares, mais e mais “não-políticos” serão levados aos palácios, municipais, estaduais e federais. No Brasil …

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Ainda será possível sonhar com um dia de paz azul no Brasil? (Foto José Pedro Martins)

Quando a violência que despedaça o Brasil será olhada como deveria?

Existe um repúdio generalizado no Brasil contra a classe política, e não faltam razões para isso. As últimas eleições municipais confirmaram o descrédito, para dizer o mínimo, que grande parte dos brasileiros está sentindo em relação ao atual sistema de representação, aliás repetindo fenômeno observado na maioria das nações oficialmente democráticas. Entretanto, a mesma indignação não vem sendo observada, entre a sociedade civil e muito menos no poder público, no caso da epidemia que vem matando, literalmente, a alma e o corpo do país. A epidemia da violência, que vem contabilizando mortes e destruindo projetos de vida em escala superior a qualquer conflito armado desde a Segunda Guerra mundial. Não há exagero nessa afirmação. As estatísticas comprovam que a epidemia de violência está tão disseminada no …

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Acolhendo o Outro, Campinas - qualquer cidade - se reconstrói (Foto Martinho Caires)

Campinas e a terceira diáspora: ética e esperança

Um mundo em movimento, uma vida em transformação. Se ainda havia dúvidas de que a Terra não cessa de girar, e dentro dela todos nós (sim, tem gente que ainda acha que há coisas imutáveis), os tempos atuais confirmam que, pelo contrário, nada está parado. O fluxo de energias, de ideias, de afetos, é constante. A sociedade contemporânea vive essa maravilhosa metamorfose, e na realidade os ciclos vitais estão cada vez mais acelerados. Mudanças rápidas geram incertezas, porque concepções cristalizadas são colocadas em xeque a todo momento. A sensação de insegurança aumenta, corre-se o risco de se apegar a velhas crenças, a ideários ultrapassados, muitas vezes perigosos. Esta é a origem de fundamentalismos, e eles estão vicejando aqui e ali. Uma …

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Em questão o futuro de Campinas (Foto Adriano Rosa)

É hora de união e diálogo na sociedade civil de Campinas (e do Brasil)

No próximo dia 21 de setembro, quarta-feira, entre 19 e 21 horas, o CIS Guanabara sedia um encontro com candidatos à Prefeitura de Campinas nas próximas eleições. O evento foi batizado como “A cidade que queremos em 2030”, indicando como o debate será centrado nas propostas e ideias dos candidatos para uma cidade de fato sustentável, e não aquela que geralmente é citada em belos programas sem nenhuma relação com a realidade. O encontro será histórico, em função dessa visão de futuro, mas também por estar sendo organizado por um conjunto de coletivos e movimentos da sociedade civil, como Campinas Que Queremos, ECCOS Associação, Fórum Campinas pela Mobilidade Sustentável, Fórum Cidadão pelo Plano Diretor Participativo, Fórum Lixo&Cidadania de Campinas, Minha …

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