ONU EM XEQUE

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“ONU em xeque – Estocolmo+50, Covid-19 e as Nações Unidas no centro da crise planetária”, exclusivo em pré-venda em formato ebook, é o novo livro de José Pedro Soares Martins. No ensaio, o autor defende que a sociedade planetária deve fazer profundas reflexões sobre os destinos civilizatórios após a pandemia de Covid-19. Neste cenário, será fundamental repensar a governança socioambiental em curso, sob liderança das Nações Unidas.

Martins lembra que justamente em 2022 serão lembrados os 50 anos do primeiro grande evento da ONU sobre a questão socioambiental, a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, que ficou conhecida como Conferência de Estocolmo por ter sido realizada na capital da Suécia, país que muito se esforçou para inserir o tema ambiental na agenda global.

Neste meio século, lembra o autor, todas as grandes questões socioambientais aumentaram muito de gravidade. Duas crises planetárias em especial, a das mudanças climáticas e da megaextinção da biodiversidade, despertam inquietação crescente. A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais a conjuntura global e Martins sustenta então ser um imperativo um conjunto de ajustes na governança socioambiental internacional, sob liderança das Nações Unidas.

Afirma o autor: “Neste contexto, é justo afirmar que a governança socioambiental global, que tem as Nações Unidas como principal protagonista, tem sido insuficiente para reduzir os impactos e, muito menos, para possivelmente eliminar as causas das crises planetárias conectadas. Tem algo errado ou falhando nos mecanismos de negociação, nos instrumentos legais de intervenção, e sobretudo no timing dos acordos e tratados internacionais. A conjugação de crises vem ocorrendo em um ritmo muito mais frenético do que as concorridas reuniões e acordos patrocinados pelas Nações Unidas podem dar conta”.

Ele acrescenta: “As Nações Unidas emergiram de duas catástrofes sem precedentes, as duas guerras mundiais do início do século 20, e se consolidaram como uma plataforma de esperança para a comunidade internacional. Esperança em um mundo muito melhor, mais pacífico e habitável, que dê condições para os cidadãos de todas as regiões colocarem em prática os seus projetos de vida. É fundamental o fortalecimento das Nações Unidas, e não a sua extinção, como extremistas de vários matizes já chegaram a defender. Mas para que a sua credibilidade seja renovada e consolidada, para que suas ações resultem em medidas concretas para dar respostas às emergentes crises civilizatórias, é preciso que haja ajustes urgentes em sua estrutura, em sua forma de agir.

José Pedro Martins lembra que, como jornalista, deve a oportunidade de estar presente em alguns dos eventos que moldaram a atual agenda socioambiental global, como a sessão do Tribunal Permanente dos Povos e a Reunião Anual do FMI e Banco Mundial em Berlim em setembro de 1988, a Conferência Justiça, Paz e Integridade da Criação em Seul em março de 1990, I Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas (ICID) entre janeiro e fevereiro de 1992 em Fortaleza e Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) em junho de 1992.

“Tenho acompanhado toda a discussão sobre essa temática ao longo de 40 anos de profissão e confesso estar cada vez mais inquieto. O que está neste ensaio é fruto dessa reflexão, que espero contribuir de alguma forma com o necessário debate sobre o mundo pós-pandemia”, diz ele.

Formado em Jornalismo pela Unimep, de Piracicaba, Martins trabalhou ou colaborou em diversos veículos, como Agência Ecumênica de Notícias, jornais “O Diário” (Piracicaba) e “Correio Popular” (Campinas), revistas “Terra da Gente” (Campinas), “Azione Nonviolenta” (Itália), revista Veja Interior, Zona Non (Portugal) e jornal “Terramérica”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Atualmente é um dos editores da Agência Social de Notícias (www.agenciasn.com.br), ondem mantém o blog asn.blog.br/josepedro/

Pesquisador, é autor de livros em história, cultura, meio ambiente/sustentabilidade e cidadania. Recebeu entre outros o Prêmio Ethos de Jornalismo (do Instituto Ethos, em 2003), Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros, da Fenacor, de 2016, Prêmio ABAG-Ribeirão Preto “José Hamilton Ribeiro” de Jornalismo 2017 e 2020, Prêmio INEP de Jornalismo 2017 e Prêmio de Jornalismo Cidades Iberoamericanas de Paz e Prêmio Jornalista Tropical de 2018.

Interessados no ebook podem entrar em contato diretamente com o autor, no e-mail josepmartins21@gmail.com

Sessão do Tribunal Permanente dos Povos em setembro de 1988 em Berlim (Foto José Pedro Soares Martins)
Sessão do Tribunal Permanente dos Povos em setembro de 1988 em Berlim (Foto José Pedro Soares Martins)