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Família expõe seus conflitos, no quarto filme de Lais Bodanzky (Foto Divulgação)

“Como Nossos Pais” põe na mesa o conflito mãe e filha e dá vontade de chorar

O almoço em família mal começou e os conflitos já estão no ar. Uma mãe, rodeada pelos filhos e netos, solta aqui e ali duras críticas, daquelas difíceis de engolir. A tensão esquenta na mesma medida que a moqueca feita especialmente para o filho mais velho esfria. Uns assistem calados, mas a filha Rosa (Maria Ribeiro) não aguenta. A guerra de palavras, entre acusações e rancores, termina mal. A mãe (Clarrisse Abujamra) resolve revelar, para toda a família, um segredo guardado pela vida toda: a filha é fruto de um caso extraconjungal. Assim começa “Como Nossos Pais”, que empresta seu título da música de Belchior, o novo filme de Laís Bodanzky. Em seu quarto filme, a diretora, a mesma de “O Bicho de Sete Cabeças” (2000), “Chega de Saudade” (2007) e “As Melhores Coisas do Mundo” (2010), vai pelo caminho …

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Crédito: creativecommons.org

O último congresso das Lendas Urbanas

Dava pra se engasgar com a atmosfera de derrota que dominava aquele congresso das Lendas Urbanas. Sentindo-se esmagadas pelo que se chama por aí de “modernidade”, elas resolveram se reunir pra discutir formas de brecar sua extinção iminente. A Loira do Banheiro abriu os trabalhos: “Pra vocês terem uma ideia do quanto a nossa situação anda crítica, imaginem que na última vez que tentei assombrar um banheiro de escola, fui ameaçada por uns moleques armados até os dentes, que me acusaram de estar atrapalhando uma transação de crack. Logo que entenderam que iam desperdiçar bala num fantasma, eles me cobriram de porrada e até me fizeram engolir os chumaços de algodão que eu usava nos ouvidos.” O Ladrão de Rins foi o próximo: “Preparei a banheira com gelo no maior capricho e quando abri a vítima que havia posto pra …

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O risco nuclear é global, mas o acidente com o Césio em Goiânia lembra que o perigo pode estar bem próximo (Foto rabedirkwennigsen CREATIVECOMMONS)

O brilho da morte

Penso que não exista mais nada a ser dito sobre o terrível acidente radioativo acontecido em Goiânia, que irá completar 30 anos neste mês de setembro. São dezenas de livros, artigos, revistas, documentários e filmes narrando e descrevendo em detalhes tudo o que ocorreu. O material é amplo, e em alguns minutos na frente de um computador já é possível saber tudo que aconteceu naquele fatídico domingo de 1987. Qualquer coisa que eu escrever aqui será tão e somente baseado em amplo material disponível a todos. A meu ver, é muito importante manter este tema aquecido na mente das pessoas e torná-lo um incômodo para aqueles que o desconhecem. Quando o acidente aconteceu, eu me lembro de ter sentido certa dose de empolgação das pessoas ali: meu mundo infantil de faz de conta estava repleto de heróis, naves galácticas e …

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Crédito: Spilt shire

Os vampirim: garotos mais do que perdidos

Petrônio Prosinha era um caça-talentos e, principalmente, um homem do seu tempo. Anos atrás, buscou um cinema no shopping e até encarou uma sessão dupla da saga blockbuster Crepúsculo só pra se convencer de vez: os vampiros voltaram à moda. Mas atenção: junto à galera teen in (tinim? Hum…). O que significava: fora o velho e embolorado Drácula, com seu capote cheirando a naftalina, e sinal verde para os garotões com barriga de tanquinho e cheios de amor emo pra dar. Com o fenômeno mercadológico bem caracterizado, restava agora a Pretrônio partir pro trabalho de campo. Imagina se aquela cidadona não teria sua parcela de vampirinhos gostosinhos pra ofertar ao sedento altar de Hollywood! Pelo sempre eficiente — e mais do que barato — boca a boca, fez chegar aos grotões e gretas da metrópole a notícia de que estava …

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Uma experiência de produção de alimentos na África (Foto André Sarria)

De que maneira plantas vivendo em harmonia estão melhorando a produção de alimentos na África

Estimativas dizem que em 2050 o número de habitantes no mundo será de cerca de 10 bilhões de pessoas, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e para alimentar todos estes habitantes do planeta será necessário aumentar a produção global em até 70%. Entretanto, este aumento não deverá ultrapassar a expansão das áreas de cultivo, do contrário teremos uma crise ambiental e territorial sem tamanho. Produzir mais alimentos em pouco espaço será um grande desafio que teremos de enfrentar nas próximas gerações. Alinhado a tudo isso, temos muitos outros desafios como as mudanças climáticas, a distribuição ineficiente de alimentos e solos pobres e inférteis. Meu trabalho me permite conhecer muito sobre como pequenos fazendeiros ao redor do mundo produzem alimentos; como controlam pragas; o que fazem para aumentar a produção; como plantam, colhem e …

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