
“Até o Último Homem”, com seis indicações ao Oscar, incluindo melhor filme e diretor, leva para as telas a história real de Desmond Doss (vivido por Andrew Garfield, que já foi o Homem-Aranha, indicado ao Oscar pela brilhante interpretação), um rapaz religioso que se alista para a Segunda Guerra Mundial para atuar como médico e se recusa a pegar em armas.

Doss é maltratado pelos colegas e pelos superiores, chega a ser preso por desobediência, mas a lei está a seu favor e lá vai ele para o front de mãos abanando. O filme tem três partes: sua infância e adolescência sofrida por causa de um pai violento, que lutou na Primeira Guerra, seu período de treinamento e, por fim, as cenas de batalha, em Okinawa, no Japão.
Gibson, premiado por “Coração Valente” em 1995 e que retorna ao cinema após um período marcado por escândalos e decadência por causa de declarações antissemitas e homofóbicas pós-“A Paixão de Cristo”, de 2004, vive sua ressurreição profissional. Quem o acompanha sabe de sua predileção pelas cenas de violência e, na terceira parte de “Até o Último Homem”, há sangue de sobra. As cenas de batalhas são intensas, fortes e muito bem conduzidas, com um realismo que impressiona e, sem dúvida, o ponto alto do filme. Aviso: para estômagos fortes.

O feito de seu herói, antes considerado um covarde, mas que salvou sozinho 75 soldados e recebeu a Medalha de Honra sem nunca ter tocado em uma arma, fica ainda mais real e comovente nas cenas finais, quando são exibido trechos de um depoimento do verdadeiro Desmond Doss, que morreu em 2006.
Os irmãos Tanner (Ben Foster) e Toby Howard (Chris Pine) levam adiante um plano para assaltar a rede de bancos Texas Midlands, e, assim, pagar a dívida que a família tem com o próprio banco. O roteiro, de Taylor Sheridan (“Sicário”), é bem estruturado e irônico: “O que é roubar um banco em comparação com fundar um banco?”


Ao lado do parceiro Alberto (Gil Birmingham), meio índio, meio mexicano, o Ranger cai na estrada para caçar os ladrões. As cenas e os diálogos, basicamente uma troca de insultos constantes, invariavelmente racistas, entre os personagens de Bridges e Birmingham, estão entre os melhores momentos do filme. É tão cruel que chega a ser ironicamente divertido.
Não faltam as cenas de perseguições e outras sequências que impressionam pela violência, principalmente as cenas de tiroteio. De onde saiu tanta gente armada? Ah, é só o Texas.
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