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(Foto Ylvers_CreativeCommons)

Pássaros do fogo

“Bombeiros e voluntários levaram horas para controlar aquele incêndio, o trabalho estava cada vez mais difícil, pois, estranhamente, novos focos começavam e, ao se controlar um, outro mais aparecia. Era estranho, pois o incêndio não crescia como se levado pelo vento numa única onda de fogo e destruição, mas eram pontos isolados um dos outros. Os focos brotavam num local e depois em outro. Ninguém sabia ao certo como isso acontecia, era uma região bastante afastada e ninguém vivia por ali. Muitos pensavam serem causados por pequenos agricultores, incendiando para obter terras aráveis, mas não encontraram nenhuma prova disso. Os bombeiros estavam convencidos de que os incêndios eram intencionais, foram causados por alguém e por algum motivo, mas quem? Os únicos habitantes daquela região eram pequenos animais roedores e falcões, mas que maluco, em sã consciência, poderia supor que eles …

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(Foto cretivecommons)

Minimotores de espermatozoides

Um dos tratamentos contra o câncer envolve a quimioterapia, um coquetel de medicamentos que é destinado a matar células de rápido crescimento. O problema é que as drogas utilizadas ali atacam além das células tumorais também as células saudáveis e, por conta disso, os efeitos adversos da quimioterapia são terríveis. Um tratamento perfeito seria fazer com que os medicamentos utilizados na quimioterapia atacassem somente as células cancerígenas e deixassem de lado as células boas. O ideal seria uma maneira que levasse o medicamento diretamente para a causa da doença, como pequenos entregadores biológicos treinados para atingir somente o câncer. Para deixar uma imagem mais clara, imaginem mototaxistas levando uma encomenda ao destino; eles vão cruzando os carros, evitando tráfego, buscando atalhos e, ao final, a entrega da encomenda no endereço correto. Mas, como encontrar nano entregadores capazes de fazer esse serviço? Que tal espermatozoides? Pesquisadores alemães desenvolveram um método que utiliza espermatozoides para fazer …

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Crédito: Pedro Alves/creativecommons.org

O fantasma das redes

Quando se fala em “fantasmas”, é automaticamente natural imaginar algo muito, mas muito antigo, né? Pois comigo, não é nada disso: não sou lá muito vetusto — ou vetusta, já que não tenho gênero definido. Teoricamente, estou completando 18 anos. Meio que nasci do ventre titubeante de uma hoje risível plataforma digital chamada Orkut. Como você já deve ter sacado, meu desenvolvimento é beeem acelerado: tanto, que atingi a…digamos, “adolescência” menos de um mês depois. Numa proposta mais robusta de rede social. E só fiz me encorpar a cada nova inovação no mundo das redes sociais. Sabemos que, atualmente, tais redes são responsáveis por 62% do tráfego na Internet brasileira e são uma das principais formas de representação dos relacionamentos pessoais ou profissionais. Porém, foi só em 2011 que resolvi partir pro anarquismo, por pura diversão (ou tédio, pode ser; …

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(Foto creative commons)

Pecaris e a dor do luto

Naquele dia de janeiro, o garotinho Dante de Kort, de 8 anos de idade, faria uma descoberta científica que acrescentaria mais conhecimento sobre comportamento animal. Será que animais sofrem pela morte de um de seus membros? Da janela de sua casa, ele viu um grupo daquilo que parecia porcos selvagens se comportando de uma maneira curiosa. Como ele tinha de apresentar um trabalho numa feira científica de seu colégio, achou que observar um pouco mais a fundo o que estava acontecendo ali lhe garantiria algo. Deixou uma câmera de movimento gravando aquilo. Uma fêmea parecia estar bastante doente, e os demais animais ficavam ali ao seu redor. Os animais do gênero Pecari andam em bandos e possuem diversos comportamentos sociais como cuidados do grupo e castas. São conhecidos como cateto, caititu e, apesar de serem parecidos com os javalis, não …

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Juno Temple em fuga do marido mafioso (Foto Divulgação)

E se a cura de todos os males for um filme de Woody Allen?

A virada do ano trouxe um novo Woody Allen aos cinemas e garantiu uma certa dose terapêutica para receber 2018. Afinal, filmes do Woody Allen já foram recomendados como a cura de todos os males, pelo menos em “Paris-Manhattan”, longa da jovem cineasta francesa Sophie Lellouche, que coloca sua protagonista, a farmacêutica Alice (Alice Taglioni), a indicar seus filmes para aliviar as dores da vida. Em “Roda Gigante”, o cineasta, aos 82 anos, mais uma vez faz o seu melhor. Allen sempre fez questão de misturar emoções, e o humor geralmente predomina. Em “Roda Gigante”, porém, o tom é mais do melodrama, apesar do riso nervoso que permanece. Entre rir, se emocionar e se perguntar pra que tanta loucura afinal, vale procurar respostas para perguntas que ainda nem foram feitas, ou, talvez, adotar uma postura defensiva, parecem mostrar seus personagens. …

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