Você pode olhar pra mim e dizer que não sou negra mas eu sou
pode olhar pra mim e dizer que não sou índia mas eu sou
não há só cor(po) desejo cheiro e cor
Não vê que sou floresta sou seca sou mar sou céu azul
sou cachorro sou gato sou papagaio e pirarucu
sou país sou oceanos rios e pedras
Sou história memória tradição sou oxalá
sou terra sou vingança matança pajelança
sou esperança herança educação sou tubarão
Sou areia sou Pernambuco sou matuto sou cachoeira
sou cidade sou urbano tô no farol tô na zoeira
sou de paz sou riacho sou garoa sou ‘diboa’
Sou ciranda sou onda que anda e desanda
que bate e quebra levanta e afoga
sou danças andanças em linhas e letras
E o que quero te dizer é que você me olha e você não vê mas eu sou
O grito do humano ser a querer ser cor(po) e ser humano.
Adriana Menezes
Dri, querida, que texto e que espaço lindooo o seu aqui! Eu não conhecia! Você é incrível, cada vez mais te admiro por sua polivalência, por sua sensibilidade, garra e determinação! Sucesso pra vc, sempre! Que você nos traga sempre inspiração pra seguirmos juntas e coesas na luta diária, pra que possamos fazer a diferença com aquilo e por aquilo que acreditamos! Parabéns! Bjos