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"Bingo - O Rei das Manhãs", um filme que surpreende (Foto Divulgação)

E o palhaço o que é? Drogado, frustrado e exagerado em “Bingo – O Rei das Manhãs”

Uma panorâmica pelo Centro de São Paulo não deixa dúvidas. Estamos de volta à década de 1980 e o Mappin se destaca no cenário. Parece que foi ontem quando as manhãs do SBT eram animadas pelo Bozo, um palhaço cuja franquia importada dos EUA conseguiu derrubar a audiência do Xou da Xuxa zoando com as crianças pra valer. A máscara do palhaço foi usada por 12 atores diferentes em dez anos, mas quem entrou para a história foi Arlindo Barreto. E não da melhor maneira. Em sua estreia na direção, Daniel Rezende, mais conhecido como editor do já lendário “Cidade de Deus”, leva para as telas a polêmica trajetória de Arlindo Barreto em “Bingo – O Rei das Manhãs”. Rezende, que tem 42 anos e, na infância, foi ao programa do Bozo, preferiu fazer um filme “inspirado” em fatos reais. …

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Crédito: Daniel Jagger Segundos/creativecommons.org

Luzes, câmeras e… que baita confusão!

Uma última do bom Portuga e Lud Vic, o publicitário inspirado… Levou um bom tempo para que o bom Portuga e Lud Vic, o publicitário inspirado, se reconciliassem, após o incidente da “deliciosa rabadinha”. Quando Lud Vic finalmente voltou a adentrar o boteco, foi com o projeto mais visionário de todos: produzir um comercial para entronizar o bar do Portuga definitivamente no mapa dos points in da cidade. “Veja, seu Portuga, o seu estabelecimento já é bem frequentado na noite… estudantes, artistas, jornalistas… imagina então quando a gente veicular o comercial em todas as emissoras de TV da região… vai bombar legal, seu Portuga!” Por um desses mistérios que levamos para o túmulo sem solução, o bom Portuga sempre acabava caindo na lábia de Lud Vic, por mais que o tivesse na conta dos “maiores-tranqueiras-que-cá-esquentam-o-traseiro-e-a-goela”, como se referia a ele. …

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Crédito: Splitshire

É a alma ou o espírito de porco do negócio?

De volta ao boteco do bom Portuga. Ludovico Pascoal era um publicitário sempre prenhe de ótimas ideias, que ficavam melhores ainda quando irrigadas com uns bons drinques. Por isso, Lud Vic – como gostava de ser chamado – fazia do bar do Portuga seu QG. Desde que o boteco abria, até a melancólica hora da saideira, lá estava Lud Vic numa mesinha de canto, rabiscando seus estupendos brainstormings em pilhas de guardanapos de papel, que ocupavam tanto espaço na mesa, que viviam ameaçando o equilíbrio da já precária “cortina de vidro” formada pelas garrafas que ia esvaziando noite afora. Se o Portuga se orgulhava de tão ilustre e fecundo freguês? Nem a pau! Motivo simples: o outro punhado de papéis que Lud Vic fazia questão de acumular, desta vez do lado de dentro do balcão… é, as malditas pinduras. Mas, …

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Cena de “Monsieur & Madame Adelman” (Reprodução)

O segredo bem guardado do filme “Monsieur & Madame Adelman”

“Monsieur & Madame Adelman” tem um segredo. No chamado boca a boca a produção francesa tem tido sessões lotadas desde que estreou, em março, na França. Sem fazer barulho, chegou ao Brasil em julho e aqui não tem sido diferente. O filme, que marca a estreia na direção do ator francês Nicolas Bedos, já se tornou um daqueles títulos escondidos na programação que se tornam fenômeno. E as sessões continuam lotadas. O roteiro acompanha a vida de um casal desde os anos 1970. O subtítulo em português, aliás, é “Uma história de amor do início ao fim”. A mulher é vivida por Doria Tillier, esposa de Bedos na vida real e co-autora do roteiro. E o filme começa pelo fim. O corpo do protagonista, Victor, vencedor do Goncourt, o prêmio mais importante da literatura francesa, é velado enquanto a viúva, …

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Crédito: FreeImages

Alguém tem que pagar o preço da modernidade

Foi no boteco do bom Portuga que, confesso, conclui verdadeiramente a graduação de meu curso de comunicação social (que me perdoe a santíssima PUC-Campinas… afinal, a gente não escolhe o infernal torno que nos entortará pro mundo) O bom Portuga resolveu aderir à modernidade: afinal, seu bar cinquentão evoluíra da “vendinha” nas cercanias do centrão para boteco fervilhante da noite. Comprou um freezer capaz de fazer frente à demanda crescente de cervejas estupidamente geladas que vinha enfrentando ultimamente. Os garçons — eram numerosos — comemoraram: já não aguentavam mais levar xingo de fregueses descontentes com a temperatura das brejas. O técnico chegou para as medições de instalação. Foi direto à área paralela ao balcão, do lado de dentro. O Portuga corrigiu a trajetória do homem; apontando para cima, revelou que tinha um plano bem definido para a instalação do freezer: …

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