A política e a poesia são demais para o mesmo homem, sentenciou Glauber Rocha em “Terra em Transe”, como uma homenagem a Mário Faustino e sua “Balada” (“Tanta violência, mas tanta ternura”). O doce e crítico, essencialmente crítico Antonio Candido, que nos deixou hoje, 12 de maio de 2017, conseguiu esta proeza para poucos. Era poesia pura mas também política, em seu sentido mais belo, humano e inteligente. E ele deixa um legado imenso para o Brasil todo, além de lições especiais para Campinas, que lhe deve muito. De sólida formação marxista, Candido não se limitou à crítica social panfletária. Pelo contrário, alcançou a simpatia e o respeito generalizados, inclusive entre intelectuais mais à direita, pela sua impressionante gentileza, a profundidade …
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