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Detalhe de obra de Thiago Martins de Melo, na 13ª Bienal Naïfs do Brasil, no SESC-Piracicaba

O êxito de Piracicaba e o enigma de Campinas na cultura

No sábado, dia 27 de agosto, começou mais uma edição do Salão Internacional de Humor, que acontece no Engenho Central. Há alguns dias começou a décima terceira edição da Bienal Naifs do Brasil, no SESC. Dois grandes eventos, de alcance nacional e internacional, ocorrendo de forma simultânea em Piracicaba, que também conta com outras iniciativas de porte e longevas, como o Salão de Arte Contemporânea, somando 48 edições. É o contrário de Campinas que, apesar de seu potencial, não consegue manter uma grande iniciativa cultural durante muito tempo, com raras exceções, como o Feverestival, que sobrevive pela força, energia e persistência de seus organizadores, sempre esforçando por uma programação substanciosa. Quem pode decifrar este enigma? Uma cidade rica, com mais de …

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Campinas e seu 1,1 milhão de habitantes demanda uma Câmara Municipal cada vez mais atenta aos desafios contemporâneos (Foto Adriano Rosa)

Campinas precisa estar atenta às eleições para a Câmara Municipal

O processo eleitoral municipal já começou, mas novamente há o risco de que as atenções estejam todas voltadas para a escolha do futuro prefeito, seja novo ou o prefeito atual que tenta a reeleição, deixando-se em segundo plano a escolha dos membros da nova composição da Câmara Municipal. Isto é um grande erro, porque os vereadores são atores fundamentais do processo político de um município. A desatenção com as últimas eleições para deputados federais e senadores, por exemplo, levou à composição de uma das mais conservadoras bancadas da Câmara e Senado de todos os tempos, com o resultado que todos conhecemos. No caso de Campinas, é crucial a atenção para as eleições dos próximos vereadores. O próximo mandato legislativo será decisivo para a …

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Campinhos em todo Brasil, territórios de histórias de terra e coração. Em que campo joga o Brasil? (Foto José Pedro Martins)

Campeões da várzea, campeões olímpicos?

Os Jogos do Rio de Janeiro reacenderam a polêmica sobre o que é, afinal, esporte olímpico. É justo alguém como Rafael Nadal, Serena Willians ou Andy Murray disputar no tênis, ou a equipe americana “NBA” no basquete ou até um Neymar “Barcelona” no futebol, contra atletas que muitas vezes penam muito para prosseguir sua paixão no dia a dia, por absoluta escassez de recursos? O certo é que, no Brasil do futebol, está cada vez mais distante aquele cenário das pelejas nos “campinhos”. Serão os jogadores da várzea, no litoral, no zona rural ou em uma metrópole, os verdadeiros campeões olímpicos? De qualquer modo, aqui vai o tributo à várzea de Campinas, representando os “campinhos” de todo país, de tantas alegrias e …

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Tomara que algo do verdadeiro espírito olímpico fique no Brasil, como estímulo ao esporte, à sustentabilidade, à vida ativa e saudável (Foto José Pedro Martins)

Abertura da Rio 2016 reflete Agenda 21 do Esporte para a Sustentabilidade

    A Baía da Guanabara continua poluída, os Jogos Olímpicos de 2016 são mais uma oportunidade perdida para uma ampla e orgânica ligação entre esporte e educação no Brasil, houve e continua havendo muitas denúncias de violações de direitos humanos relacionadas às competições. São muitos problemas, não é possível “deletá-los”, assim como também não dá para esquecer as mensagens de apelo ecológico da cerimônia de abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro 2016. Apesar das apresentações artísticas que não expressaram, em seu conjunto, o que é a muito mais rica e diversa cultura brasileira.        De qualquer modo, o chamado à ação, diante dos enormes riscos representados pelo aquecimento global, foi um ponto positivo da abertura da Rio 2016. Diante de uma plateia de bilhões de …

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Rio Piracicaba, em agosto de 2014, quase seco: o alerta continua (Foto José Pedro Martins)

“Solidariedade hídrica”, nova ameaça na região de Campinas e Piracicaba

Calma, eu vou explicar. À primeira vista, falar que “solidariedade hídrica” representa uma ameaça pode soar esquisito, desumano. Afinal, todos têm direito à água. É um direito do ser humano, como finalmente reconheceram as Nações Unidas em 2010. Do que se trata aqui é usar o termo “solidariedade hídrica” para manipular e esconder a realidade. Nesse sentido, a expressão com certeza não é nada benfazeja. Aos fatos. Na última sexta-feira, 29 de julho, Campinas sediou uma reunião técnica aberta, dentro do calendário de renovação da outorga do Sistema Cantareira. A Sabesp quer uma nova outorga para continuar gerenciando o Sistema que abastece cerca de metade da Grande São Paulo. Muitas pessoas, ligadas a órgãos públicos, que se pronunciaram durante a reunião …

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