No próximo dia 21 de setembro, quarta-feira, entre 19 e 21 horas, o CIS Guanabara sedia um encontro com candidatos à Prefeitura de Campinas nas próximas eleições. O evento foi batizado como “A cidade que queremos em 2030”, indicando como o debate será centrado nas propostas e ideias dos candidatos para uma cidade de fato sustentável, e não aquela que geralmente é citada em belos programas sem nenhuma relação com a realidade.
O encontro será histórico, em função dessa visão de futuro, mas também por estar sendo organizado por um conjunto de coletivos e movimentos da sociedade civil, como Campinas Que Queremos, ECCOS Associação, Fórum Campinas pela Mobilidade Sustentável, Fórum Cidadão pelo Plano Diretor Participativo, Fórum Lixo&Cidadania de Campinas,
Minha Campinas, Movimento Pró-Parque Rio das Pedras, Movimento Resgate Cambuí, Movimento Sonha Barão, Se Liga Barão, Vipcooper Cooperativa Habitacional e Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB – Seção Campinas.
E será ainda mais histórico se essa união inédita de coletivos e grupos permanecer, de modo que seja instalado um processo de diálogo permanente na sociedade civil de Campinas. São muitas iniciativas interessantes em curso, em torno de várias causas, mas ocorrendo de forma mais ou menos fragmentada. Agora a oportunidade de união é emblemática, pelo grave momento que o país está passando, com óbvios reflexos nos municípios.
Campinas teve oportunidade histórica de atuação conjunta da sociedade civil, em conjunto com poder público e setor empresarial, na ocasião da discussão da Agenda 21 Local, nos primeiros anos do século 21. Por vários motivos o processo não teve continuidade e a cidade perdeu muito com isso.
Mas agora existe de novo essa possibilidade, a partir do debate do dia 21, quarta-feira, com candidatos à Prefeitura. A expectativa é a de que todos os candidatos participem. Afinal, não é possível falar em “apoio à participação popular” e “descentralização de decisões” se os candidatos não atenderem ao convite da sociedade civil para discutir e debater os grandes temas locais e nacionais e internacionais com reflexo no local. Chegou a hora. A cidadania ativa e a democracia estão em jogo. E o mesmo deveria ocorrer em todo país, diante, de novo, da gravidade da conjuntura que estamos vivenciando.