A notícia de que Ignácio de Loyola Brandão chegou à Academia Brasileira de Letras teve o destaque costumeiro na imprensa, mas acho que um aspecto passou meio desapercebido, considerando o contexto em que todos estamos imersos. A instituição que é símbolo da tradição literária-cultural tupiniquim recebe o autor de Zero, Não verás país nenhum e outras obras que são pura distopia. O país que já foi a utopia pura para idealistas europeus transformado em inferno pelas mãos de oligarquias que teimam em queimar os dedos para não perder o poder. Claro que a literatura brasileira é a soma da esperança e do desencanto. Não são apenas rosas, mas muitos espinhos machucando a carne viva do nosso povo. A narrativa Brasil …
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