A urgente questão das mudanças climáticas, cada vez mais no centro da agenda ambiental global, e também a questão indígena, igualmente muito falada atualmente em função dos ataques sofridos pelos povos indígenas brasileiros, são algumas das questões abordadas em meu segundo livro, “Depois do Arco-Íris – Uma proposta ecológica”, lançado em 1991 pela Editora FTD.
Estávamos a um ano da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, que se transformaria no maior evento sobre a temática socioambiental da história, por ter pautado e colocado a questão da sustentabilidade no topo das prioridades. Conferência que tive a oportunidade de cobrir como repórter do Correio Popular, de Campinas.
Em “Depois do Arco-Íris”, cito vários desafios para a questão socioambiental mas também aponto a emergência dos movimentos indígena, ecofeminista, pacifista e outros como “sinais do arco-íris”, a construção de um novo futuro.
Eu estava particularmente impactado pelo que tinha visto na Amazônia, em várias viagens como jornalista da Agência Ecumênica de Notícias (AGEN) e onde tive a oportunidade, entre outros eventos, de acompanhar o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, em fevereiro de 1989, em Altamira, no Pará. Encontro histórico, que reuniu indígenas, quilombolas, seringueiros, ribeirinhos e muitos ativistas. Estava evidente que a situação da Amazônia ainda ficaria muito séria e foi o que se confirmou na prática. “Depois do Arco-Íris” toca em vários desses grandes desafios contemporâneos.