Os meios de comunicação contribuem para a construção de uma sociedade justa, pacífica e de respeito aos recursos naturais, ou pelo contrário reforçam a sociedade machista, violenta e destruidora do meio ambiente? E os jornalistas, têm algum poder para de fato fazer algo transformador? Estas foram basicamente as duas perguntas que procurei responder no artigo “Meios de comunicação, a paz e o meio ambiente”, incluído no livro “Journalism for World Peace and Development”, publicado em 1993 por Editions Universitaires Fribourg, Suisse, pela UCIP e Instituto de Jornalismo e Comunicações Sociais da Universidade de Fribourg. É o sétimo livro em que aparece o meu nome, o primeiro no exterior. O artigo na realidade é a reprodução da conferência que fiz no …
Leia Mais »A urgente questão indígena e das mudanças climáticas, no meu segundo livro, de 1991
A urgente questão das mudanças climáticas, cada vez mais no centro da agenda ambiental global, e também a questão indígena, igualmente muito falada atualmente em função dos ataques sofridos pelos povos indígenas brasileiros, são algumas das questões abordadas em meu segundo livro, “Depois do Arco-Íris – Uma proposta ecológica”, lançado em 1991 pela Editora FTD. Estávamos a um ano da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, que se transformaria no maior evento sobre a temática socioambiental da história, por ter pautado e colocado a questão da sustentabilidade no topo das prioridades. Conferência que tive a oportunidade de cobrir como repórter do Correio Popular, de Campinas. Em “Depois do Arco-Íris”, cito vários desafios para a questão …
Leia Mais »Como será a economia mundial depois da pandemia
Companhias aéreas em pânico. Em um mês, mais de 20 milhões de norte-americanos perderam o emprego. No Brasil, o tamanho da catástrofe ainda está longe de ser mensurado. Além das perguntas principais, sobre como o planeta continuará enfrentando a pandemia em termos médicos, e sobre quando chegarão a vacina e o tratamento mais eficiente, uma indagação que já escurece o horizonte é a respeito da economia planetária depois, ou com, a COVID-19. Não posso deixar de lembrar, nesse momento, dois eventos que cobri em setembro de 1988 em Berlim Ocidental: a reunião anual do FMI-Banco Mundial e o Tribunal Permanente dos Povos, que avaliou justamente as políticas dessas duas instituições. Mas o que dois fatos tão distantes têm a ver …
Leia Mais »A distopia chega à Academia Brasileira de Letras
A notícia de que Ignácio de Loyola Brandão chegou à Academia Brasileira de Letras teve o destaque costumeiro na imprensa, mas acho que um aspecto passou meio desapercebido, considerando o contexto em que todos estamos imersos. A instituição que é símbolo da tradição literária-cultural tupiniquim recebe o autor de Zero, Não verás país nenhum e outras obras que são pura distopia. O país que já foi a utopia pura para idealistas europeus transformado em inferno pelas mãos de oligarquias que teimam em queimar os dedos para não perder o poder. Claro que a literatura brasileira é a soma da esperança e do desencanto. Não são apenas rosas, mas muitos espinhos machucando a carne viva do nosso povo. A narrativa Brasil …
Leia Mais »De lama em lama o Brasil faz a sua má fama
Nada mais simbólico do que ocorre hoje no Brasil de certas esferas do que um mar de lama. E veio onde se esperava que viesse. Na falta de uma punição de fato, exemplar, ou ao menos apenas cumprindo a lei, no caso de Mariana, nova tragédia no mesmo estado, no mesmo segmento econômico, desta vez em Brumadinho. A cidade cada vez mais conhecida em todo mundo por sediar o Inhotim agora esta na mídia internacional por mais um gigantesco rompimento de barragem da Vale, com número ainda não sabido de vítimas fatais. E a barragem nem estava entre as 45 que, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), em relatório do final de 2018, eram as mais vulneráveis a rompimento, …
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