meio ambiente

A Mariana que eu conheci, em frente à Casa da Câmara e Cadeia, edifício do final do século 18

Pós-Mariana, um Brasil que pode ser outro

Fui uma única vez em Mariana e me deliciei não apenas com as referências históricas, mas também com a comida maravilhosa. Comi poucos frangos caipiras com polenta e couve como aquele, e olha que já repeti esse prato algumas vezes, no próprio território mineiro. Pois essa lembrança idílica, afetiva, não é mais a única que passei a ter da cidade que foi a primeira capital das Minas Gerais e abriga importante acervo barroco. Desde novembro de 2015, para mim e todos mineiros e brasileiros em geral, Mariana virou recordação de descaso, de flagelo ambiental, em função do rompimento da barragem de rejeitos da Samarco. Pós-Mariana, esperemos – e lutemos – para que o Brasil seja outro. Boa parte do avanço do pensamento ecológico tem sido creditada à reação popular às …

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Rio Atibaia, em janeiro de 2015: crise hídrica, e também de gestão, em São Paulo (Foto Adriano Rosa)

Clima ameaça segurança global, mas tema sumiu do noticiário

Os sinais de que as mudanças climáticas estão impulsionando transformações profundas e mais rápidas do que se imaginava, pondo em risco a segurança global, levaram a um número recorde de assinaturas ao Acordo de Paris na última sexta-feira, 22 de abril, Dia da Mãe Terra. Contudo, a grande parte da imprensa brasileira, mais preocupada em apressar o processo de impeachment da Dilma Rousseff, esteve especialmente focada é no que a presidente iria falar sobre esse imbróglio na sede das Nações Unidas, e não no assunto principal: que a humanidade passa por sérias ameaças, e que se as medidas necessárias também não forem aceleradas, catástrofes de origem climática serão multiplicadas e a curto prazo. Durante muito tempo os cientistas, alguns deles …

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Reduzir emissões atmosféricas é um dos maiores desafios neste século (Foto José Pedro Martins)

A guerra da atmosfera começou e o Brasil também é vítima

Os sinais do desastre global provocado pelas mudanças climáticas continuam se multiplicando e é cada vez mais improvável que haja tempo de reverter o cenário. 2015 foi de novo o ano mais quente desde 1880, quando começaram as medições. Em março, a cobertura de gelo marinho no Ártico atingiu a sua menor extensão nesse período do ano, também desde o início dos registros por satélite, em 1979. O “branqueamento” da Grande Barreira de Corais na Austrália tem atingido o índice máximo, consequência do aquecimento do oceano. E no Brasil, como se sabe, grande parte do país continua convivendo com os impactos da forte estiagem dos últimos anos, mesmo que autoridades e órgãos públicos continuem dizendo que está tudo bem. O …

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