Era o primeiro dia da primavera. E José, como fazia todos os dias úteis da semana, chegou bem cedo, antes que seu pai aparecesse. Cumprimentou Luiz Alberto, o funcionário mais antigo do escritório de advocacia de seu pai, tomou um café, e mirou-se por um bom tempo no espelho do banheiro, ajeitando a camisa azul clara, e partiu. Seria mais uma manhã gloriosa. No elevador, que estava vazio, novamente certificou-se no espelho da camisa que comprara há pouco tempo e que usava pela primeira vez. Era de tonalidade azul, um azul que escolhera depois de longa análise. Aliás, muito longa, o que fez que o paciente vendedor, a certa hora, puxasse o próprio cabelo com toda a força e derramasse no chão alguns tufos. Era um bom sinal de que devia fazer o negócio com urgência e sair fora. Mas …
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