Dona Ana, de 79 anos, fincou a ponta da bengala no meio fio da calçada e, ao contrário do que seria lógico, esperou o semáforo liberar o fluxo para veículos e atravessou a movimentada avenida, fora da faixa de pedestres e em plena hora do rush, como se nem houvesse tido consciência da imprudência que lhe custou a vida: foi destroçada por uma van do transporte coletivo clandestino. O “suicídio da anciã” ganhou rapidamente as manchetes da mídia, impulsionado pelo conhecimento prévio de que a quase octogenária andava com bengala porque fora justamente atropelada anteriormente, o que deveria ter-lhe “vacinado” contra aquele surto de porralouquice. Segundo namorada e amigos, Zé Luiz, de 37 anos, sempre fora severamente acometido por uma rara combinação de acrofobia e agorafobia. O que não o impediu de, naquela manhã chuvosa, sair do apartamento térreo e …
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