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Foto Hernán Piñera_Human rights without (creativecommons)

O que é ser humano?

“Aceitar a ideia de que somos uma máquina biológica pode nos levar a um caminho bem perigoso.”   O que é ser humano? Talvez esta seja a questão mais filosófica e antiga que existe desde a aurora da humanidade. Hoje existem três grandes e influentes definições. A primeira é a visão teológica do cristianismo de que o ser humano é feito à imagem e semelhança de Deus. A segunda é uma posição mais filosófica e define o ser humano como possuidor de uma consciência própria e racional. Finalmente, existe o ponto de vista biológico pelo qual o ser humano é definido e diferenciado dos outros animais pelo seu DNA. Este debate vai além de discussão acadêmica ou de mesas de bares. Acadêmicos, de longe, vêm argumentando que essas três definições são muito importantes no mundo real, pois influenciam como as pessoas tratam seus semelhantes. Defensores de cada uma dizem que se escolhermos a definição “errada” …

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Martha e Maria, as protagonistas do segundo filme do diretor carioca Charly Braun (Foto Divulgação)

“Vermelho Russo”, o inesperado de uma viagem a Moscou

Para que o dia seja bom o costume é fazer um carinho no nariz da estátua do cão pastor ao lado do policial, uma das 76 imponentes peças de bronze da estação de metrô Ploschad Revolutsii, em Moscou. Locais e turistas se alternam entre rápidos afagos, selfies e pose para fotos em grupo, enquantos os trens chegam e saem. Recentemente, a tradição foi retratada no filme brasileiro “Vermelho Russo” e, naquele mesmo lugar, repetindo o afago no focinho do cachorro, foi impossível não me lembrar de Martha e Maria, as protagonistas do segundo filme do diretor carioca Charly Braun. Moscou me recebe nos últimos dias de outubro com a primeira neve do fim de ano. São apenas alguns flocos, mas que já deixam branca a paisagem do Parque Gorki, a poucas quadras do hotel. O frio convida para um passeio …

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Discussão na Internet: nível caiu muito, mostra estudo (Foto Creative Commons)

Estamos ficando burros?

É inegável que as redes sociais tenham dado voz a muita gente. O escritor Umberto Eco disse uma vez que a internet deu voz aos imbecis, mas penso que este direito me parece bastante democrático e importante. Sendo assim, todos podemos contribuir com ideias e opiniões e, juntos, podemos fazer uma sociedade mais justa e crescer em conhecimentos e tecnologia, certo? Bem, deveria, mas não é isso o que vemos, tamanha é a quantidade de discursos de ódio que brotam diariamente das redes sociais. Dizem que, quando Donald Trump se tornou um forte candidato a se tornar o presidente dos Estados Unidos, palavras de racismo se tornaram bastante aceitáveis pelas pessoas; no Brasil, com o avanço da popularidade de alguns candidatos e organizações, ao que parece, a situação é bastante parecida. Pesquisadores mostraram que, quando as pessoas são expostas a …

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Cacalo_onibus2_1400

Escada rolante em transe

Encostei a cabeça na poltrona do ônibus. Comecei a fechar os olhos.  Era uma sorte para quem nunca sequer “cochilava”. Resolvi nem pensar no assunto. E me deixei levar. Dormi. Mas acordei logo. Foi apenas um pedaço de sono. Meu vizinho nem tentou se preocupar com o assunto. Preferiu o atropelamento de joelhos. Despertei assustado. Saí da minha cadeira e o deixei passar. Ele começou a procurar algo no porta-treco do lado de cima. Na verdade, começou a vasculhar tudo que via. E todos acordaram. Foi quando lembrei-me que no meio da viagem alguma coisa caiu lá de cima. Tomei cuidado, apanhei o  embrulho  e pus lá em cima novamente. Foi o que aconteceu. Mas não era isso que ele via agora. Ele andava como um louco por todos os assentos. O motorista resolveu acender a luz interna. E enfim …

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Como criar o filho para um novo mundo? (Foto Divulgação)

“Mulheres do Século 20” ensina o novo homem a amar a nova mulher

Há um otimismo sobre como a sociedade poderia ser construída em “Mulheres do Século 20” que chega a doer olhar em volta e não entender como aquilo deu nisso. É 1979, na ensolarada Califórnia, e nesta nostálgica viagem no tempo do diretor Mike Mills entramos na vida de três mulheres, uma nasceu nos anos 1920, uma nos anos 1950 e uma nos anos 1960. Elas estão em torno de uma missão em comum: como fazer do adolescente Jamie (Lucas Jade Zumann) um homem preparado para amar e respeitar a nova – e revolucionária – mulher que começa a ganhar forma? O norte-americano Mike Mills foi criado sozinho pela mãe em uma casa enorme na Califórnia e para manter a residência alguns quartos eram alugados. O roteirista e cineasta teve, assim, a oportunidade de conhecer pessoas bem diversas durante sua infância …

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